O governo vem empurrando com a barriga uma série de despesas cuja fatura será cobrada em 2012, tornando o quadro econômico do ano que vem bastante complicado.
Um grande reajuste do salário mínimo,investimentos, inclusive os da Copa e das Olimpíadas, e as pressões da base política em ano eleitoral são apenas alguns exemplos dos problemas que terão que ser enfrentados,segundo o Estadão .
Nessa conta ainda deve ser acrescentada a soma da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que mandou o governo pagar de uma vez só a dívida referente a decisão judicial (precatório) que havia sido parcelada em dez anos.
A Advocacia-Geral da União (AGU) está tentando reverter a decisão, mas caso isso não seja possível serão aproximadamente mais R$ 9,5 bilhões, quase o dobro do que o governo investirá nos aeroportos nas cidades sedes da Copa.
Segundo o economista Mansueto Almeida, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o superávit primário, que é a economia de recursos públicos para pagamento da dívida, pode cair para até 2% do Produto Interno Bruto (PIB) que o estoque do endividamento não crescerá.