Da Agência Brasil O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou hoje (24), por meio de nota, que retirou o seu site do ar para manutenção e reforço da segurança.
A página foi invadida por hackers, às 4h da madrugada.
O instituto garante, no entanto, que o “banco de dados de todas as pesquisas está preservado já que não foi atingido pela ação de hackers”.
Além do site do IBGE, páginas virtuais do governo brasileiro, como a da Presidência da República, da Receita Federal e de ministérios, também foram alvo da ação de hackers nos últimos dias.
O especialista em segurança da informação Jorilson Rodrigues não acredita que a série de ataques tenha motivação ideológica.
Segundo ele, esses grupos que atuam no Brasil têm o objetivo de ganhar notoriedade. “Existe um ranking entre os grupos e eles competem entre si.
Então, quanto mais sites de governo [eles conseguirem atacar] e mais importantes, mais entendem que estão sendo respeitados no meio deles.
Não acredito em motivação política ou ideológica porque não há uma causa por trás, eles querem mesmo é dar publicidade ao grupo”, avaliou.
Segundo ele, essas ações causam prejuízos ao governo e à população porque serviços precisam ser paralisados até que os danos sejam sanados.
Além disso, equipes de informática são mobilizadas para restaurar determinados conteúdos que são modificados.
O especialista garante, no entanto, que informações sigilosas de governo não costumam estar acessíveis em rede ou pela internet. “Em geral, esses dados de governo, que são relevantes, são protegidos e não estão nem na rede.
Fazer isso não é adequado do ponto de vista da segurança da informação.
E isso acontece por questões normativas de governo. É o que chamamos de informação off-line”, informou.
Jorilson Rodrigues explicou que há, no entanto, dados relevantes que precisam ser disponibilizadas em rede para que outros servidores públicos tenham acesso, mediante senha, por exemplo.
Nesses casos, segundo ele, a tecnologia utilizada atualmente “é suficiente para dissuadir esse tipo de ataque”, e impedir que esses grupos consigam acessar o conteúdo a que não se deseja dar publicidade.