A situação da rede municipal de ensino do Recife será tema de audiência pública nesta terça-feira (21).
Pontos como falta de infraestrutura, de professores e estagiários, superlotação nas salas, merenda escolar, o caso dos “Livros fantasmas” e outros temas ligados a Educação serão detalhados durante o encontro solicitado pela vereadora Aline Mariano (PSDB).
A audiência acontece a partir das 9h30, no Plenarinho da Câmara Municipal do Recife.
A parlamentar convidou para o debate representantes da Secretaria de Educação do Recife, do Sindicato dos Servidores Municipais do Recife, do Ministério Público e Defesa da Educação e do Conselho Municipal de Educação.
Também farão parte parlamentares, professores, alunos e sociedade civil. “A Educação do Recife vem apresentando uma série de problemas.
Recentemente fizemos uma vistoria em algumas escolas da cidade e encontramos uma situação preocupante.
A maioria das unidades está com prédios sucateados; as salas de aula são pequenas, quentes e sem o menor conforto para alunos e professores; afora outros problemas como equipamentos quebrados e merenda de péssima qualidade.
Esse é o retrato da nossa Educação”, disparou Aline.
A vereadora ainda ressaltou que o Sindicato dos Professores do Recife (Simpere) também fez um estudo detalhado na rede de ensino municipal e constatou ainda mais problemas na Educação.
Segundo o documento do Sindicato, em algumas escolas há vazamentos na rede elétrica, que pode ocasionar incêndios; alunos com necessidades especiais estão sem acompanhamento adequado; espaço físico para recreação dos alunos é limitado, em algumas unidades, aponta o relatório. “O caso é tão sério que já foi encaminhado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e ao Conselho Municipal de Educação.
Ambos avaliam as denúncias contidas no relatório do Sindicato.
Caso as denúncias sejam confirmadas, os órgãos podem autuar a Secretaria de Educação do Recife por negligência”, adverte Aline.
LIVRO FANTASMA - A vereadora pretende aproveitar a ocasião, onde estarão presentes representantes da Prefeitura do Recife e MPPE, para saber se há alguma informação nova acerca do caso dos “livros fantasmas”, aqueles que supostamente foram adquiridos em 2008 por R$ 4.225.375,00. À época, foram comprados 137.500 exemplares para distribuir com alunos do ensino fundamental, professores e estagiários.