Ana Lúcia Andrade e Ciro Carlos Rocha, do Jornal do Commercio À frente da Secretaria Extraordinária da Copa 2014, o jornalista Ricardo Leitão continua bem atento.

E não apenas ao que se refere aos preparativos para os jogos que, daqui a três anos, serão disputados no País.

Nesta primeira entrevista que concede após um problema de saúde muito agravado por uma infecção hospitalar, o que o deixou quase dois meses em tratamento, ele se mostra, como sempre, muito sintonizado com o jogo político que não para.

Admite o interesse do governo na aprovação da PEC que busca garantir o quarto mandato de Guilherme Uchoa (PDT) no comando da Assembleia Legislativa de Pernambuco (embora garanta que não há pressão palaciana sobre aliados) e comenta os movimentos do PTB e PT buscando “marcar campo” para a disputa de 2014.

Além da relação local entre Eduardo e o PSDB e o tabuleiro que vem sendo montado para a disputa no Recife, ano que vem.

Veja trechos da entrevista: EDUARDO EM 2014 “Eu acredito que o governador vai disputar 2014.

Pode ser para deputado federal ou para o Senado na vaga que se abre com o fim do mandato do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB).

Jarbas será candidato à reeleição? É uma hipótese.

O governador vai avaliar o quadro.

Ele pode ser convocado para compor uma chapa presidencial?

Pode.

Então tem essas 3 alternativas.

Ficar no governo é que não acredito.

Na condição de presidente nacional do PSB, Eduardo está vendo a oportunidade de partir do Estado para ter uma interferência mais efetiva no jogo político nacional.

João Lyra já se pronunciou que ficará no governo.

Eduardo sai deixando o Estado na mão de um aliado e que não vai criar dificuldades ao encaminhamento administrativo.” PSB E PSDB “Isso são alianças regionais, pontuais.

Não haverá, suponho, nenhuma aliança nacional do PSB com o PSDB.

O PSDB é de um campo político que não é o nosso.

O PT, o PDT, o PTB, o PCdoB, esse é o nosso lado.

Em Pernambuco nunca deu certo você mudar de lado.

As pessoas que trocam de campo sempre quebraram a cara aqui.

Agora, ocorreram alianças pontuais que foram boas para o PSB e para o PSDB.

Por exemplo: o PSB tem hoje a Prefeitura de Belo Horizonte em função do apoio do PSDB ao prefeito Marcio Lacerda, temos o governador da Paraíba (Ricardo Coutinho) em função do apoio a Cássio Cunha Lima que fez campanha aberta para José Serra e para Coutinho.

O governo do Paraná, Beto Richa, do PSDB, tem o apoio do PSB.

São inflexões regionais que ocorrem em função das contingências das alianças.

O que é importante numa aliança política é quem tem sua hegemonia.

No plano nacional quem tem é o PT.

Aqui no Estado é o PSB.

Quem tem a hegemonia tem o poder de direcionar as alianças, fixar as políticas, estabelecer as prioridades administrativas e comandar o processo político.

Na Prefeitura quem tem a hegemonia é o PT.

Houve uma tentativa de quebrar a hegemonia de João da Costa, ele teve dificuldades de vencer essa reação interna, mas venceu.

E depois começou a crescer do ponto de vista administrativo.

A Prefeitura hoje em dia é uma coisa, há um ano era outra.” Leia íntegra aqui