Paulo Augusto, do Jornal do Commercio Em 1968, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso já era um intelectual reconhecido no meio acadêmico.

Vivia em Paris, onde lecionava teoria sociológica.

Era professor, inclusive, de Daniel Cohn-Bendit, o jovem que comandou a revolta estudantil na França e que, mais tarde, transformou o Maio de 68 numa data marcante do século XX.

De perto, o brasileiro presenciava a história mundial acontecer.

Quase 35 anos mais tarde, o presidente da República Federativa do Brasil Fernando Henrique Cardoso passava a faixa presidencial para o ex-torneiro mecânico Luiz Inácio Lula da Silva, que se tornava naquele momento o primeiro metalúrgico a chegar ao posto mais alto da Nação.

FHC- como era conhecido àquela altura -se tornava o primeiro presidente eleito pelo voto direto, em mais de 40 anos, a transmitir o cargo para um sucessor também vitorioso através da voz do povo.

Mais uma fez, Fernando Henrique assistia a história acontecer.

Desta vez, a do Brasil.

Agora, como protagonista.

Embora tenha sido ao longo dos oito anos em que foi o homem mais importante do Brasil que Fernando Henrique se tornou célebre para a maioria dos brasileiros, a vida do filho de militares nascido no Rio de Janeiro um ano depois do movimento conhecido como Tenentismo- do qual seu pai participou- sempre foi marcada por grandes agitações políticas.

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