Atualizado às 18h11 Em sua primeira visita ao Estado, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), defendeu a manutenção do sigilo de documentos oficiais históricos, nesta quinta (17).

Temer afirmou que é a favor do sigilo de atos ultrassecretos sobre casos de ameaça à soberania e à segurança nacional e às relações internacionais. “É preciso primeiro colocar a discussão em parâmetros corretos.

Não é o sigilo de todo e qualquer documento.

Apenas dos atos ultrassecretos e, dentre eles, uns poucos”, declarou, defendendo o governo.

Ele ainda explicou: “Há uma classificação: atos ultrassecretos, secretos, confidenciais e reservados.

O que a discussão está propondo é apenas em relação aos ultrassecretos, os mais ‘graves’ do País.

E não é sigilo eterno, apenas prorrogações.

Daqui a 25 anos os atos poderão ser reabertos”, garantiu em entrevista na Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), onde abriu o Simpósio Pernambucano Sobre a Reforma Política, promovido pela Fiepe e pela seccional Pernambuco da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE).

Mais cedo, Temer se reuniu com o governador Eduardo Campos (PSB) para almoço onde conversaram “amigavelmente sobre o futuro”, no Palácio do Campos das Princesas.

Em relação à reforma política, o vice-presidente reforçou sua opinião sobre o voto majoritário para eleição dos deputados. “O Congresso Nacional é um lugar de composições, acordos.

Acho que um sistema isoladamente, seja de voto majoritário, como estou propondo; de lista fechada; ou qualquer outro, não passa isoladamente”, disse. “É preciso fazer uma composição de dois sistemas para verificar se assim se consegue aprovar uma reformulação do sistema eleitoral do País”, completou.

Ele citou o caso de um político que levou mais quatro deputados da legenda, inclusive um que só havia recebido cerca de 250 votos.

Questionado sobre o desafio da reforma eleitoral, o vice-presidente foi direto: “estamos falando sobre esse assunto para levantar a reforma política neste País.

O desafio será fazer com que as pautas no Congresso e Senado se intensifiquem”, afirmou.