Os servidores do Poder Judiciário decidem na tarde desta terça-feira (14) se suspendem a greve que já dura mais de um mês.
Eles estão reunidos no Fórum Rodolfo Aureliano, no bairro da Ilha de Joana Bezerra, local que hoje recebe grande número de jornalistas por conta do julgamento do acusado de matar o jovem Alcides Nascimento.
A categoria encontra-se parada desde o dia 9 de maio e até agora não houve avanços na mesa de negociação.
Na segunda-feira (13), cerca de 100 servidores foram para Corte Especial do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), momento em que foi aprovada resolução que estende o horário de expediente do Poder Judiciário estadual.
Com esta decisão, o horário de funcionamento será das 9h às 18h, com exceção dos Juizados Especiais. “Neste novo cenário, a jornada de trabalho dos servidores deverá continuar seguindo os limites previstos na legislação estadual e, preservando a conquista dos trabalhadores, poderá continuar a jornada das 6 horas diárias.
Os trabalhadores do TJPE afirmam que sempre se manifestaram a favor do aumento do horário de atendimento à população, entretanto são contrários ao aumento da carga horária”, diz nota enviada pelo sindicato.
Uma das reivindicações da categoria para solucionar parte do problema é a convocação de mais servidores concursados. “A quantidade de trabalhadores existentes no TJPE é insuficiente para a demanda apresentada.
Atualmente, há cerca de cinco mil servidores ativos no Tribunal quando o ideal seria oito mil”, reclama o comando de greve.
Os servidores defendem que para ter um atendimento de qualidade também é importante melhorar a estrutura dos fóruns e comarcas.
O movimento apresentou em seu site, no decorrer da greve, várias imagens com as péssimas condições dos prédios de vários locais de trabalho. “Outra denúncia realizada pela categoria é a falta de material de expediente e para garantir o atendimento, muitas vezes os servidores são obrigados a comprá-lo com seu próprio dinheiro.
Falta de lápis, caneta, borracha, papel, tinta de impressora, copo descartável, papel higiênico, etiquetas, são exemplos disso”, argumentam.