Por Ana Laura Farias do Blog de Jamildo e Mariana Dantas, especial para o NE10 O réu João Guilherme Nunes da Costa, 28, foi condenado a 25 anos de reclusão pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe, além do crime de corrupção de menores.

A defesa tem dez dias para recorrer. “A pena foi muito alta.

Além disso, acredito na inocência de João Guilherme, devido às falhas nos autos”, diz a defensora pública, Fernanda Vieira. “Sinto que Deus existe, ele foi condenado aqui na Terra e no céu”, comentou a mãe do estudante, Maria Luiza do Nascimento.

Alcides do Nascimento Lins foi assassinado com dois tiros em sua casa na Vila de santa Luzia, na Torre, no dia 5 de fevereiro de 2010.

A sentença foi decretada pelo juiz Ernesto Bezerra, após a decisão dos sete jurados. “A defensoria fez o seu papel, mas as provas eram muito consistentes, por isso provamos, de forma clara, que o réu era autor do crime”, comenta a promotora, Helena Martins.

O julgamento, realizado no Fórum Joana Bezerra, durou cerca de oito horas.

A mãe de Alcides acompanhou a audiência e se emocionou diversas vezes.

A defesa ficou a cargo de Fernanda Vieira, que insistiu na fragilidade da investigação policial, chegando a afirmar que havia sido uma “manobra” para colocar João Guilherme na cadeia.

Para ela, o réu serviu de “bode expiatório”.

A promotora responsável pelo caso foi Helena Martins, que se baseou no inquérito e no depoimento do menor envolvido no crime e das testemunhas.“Esse caso se desvendou com base em fatos, não em comentários”, disse, durante o julgamento.

Em relação ao argumento na contradição da descrição física de João Guilherme, a promotora indagou “Qual a diferença entre um branco e um pardo?

De uma pessoa com 1,71m e 1,75m? É muito pouca”.

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