Da Agência Câmara Durante visita da Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas ao Piauí, o presidente do colegiado, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), afirmou que o Brasil precisa de uma política antidrogas com base em cinco eixos: prevenção, tratamento e acolhimento, reinserção, repressão e legislação. “As políticas antidrogas têm que ser de Estado e não de governo”, frisou.

Um grupo formado por parlamentares de vários estados esteve na última sexta-feira (10) em Teresina para conhecer ações de tratamento e reinserção de dependentes químicos.

Os deputados visitaram o Hospital do Mocambinho, o único do estado com essa função, e entidades não governamentais como a Fazenda da Paz.

Antes do Piauí, os integrantes da comissão visitaram São Paulo e Alagoas.

Para o relator do colegiado, deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL), as visitas reforçam a ideia de que o Brasil enfrenta uma pandemia de crack e outras drogas. “Estudos revelam que cerca de 1% da população brasileira é usuária de drogas”, diz.

A comissão vai elaborar relatórios com base nas visitas, com o objetivo de montar um mapa das ações realizadas pelos estados nessa área.

Além disso, segundo o relator, o colegiado vai organizar seminários em todos os estados e no Distrito Federal.

A deputada Iracema Portella (PP-PI), que fez parte da comitiva em Teresina, disse que o mérito das visitas é aproximar os deputados da realidade de cada região. “Sabendo como é o consumo de drogas nos estados, teremos condições de agir de forma mais exata, direcionando nossos esforços para onde houver mais necessidade”, afirmou.

No Piauí, de acordo com a parlamentar, um dos grandes problemas é a inexistência de tratamento e acolhimento para mulheres dependentes químicas.