Por Waldemar Borges, especial para o Blog de Jamildo* A semana passada não poderia trazer notícia melhor que a proposta de manifestação de interesse (PMI), de um consórcio empresarial para desenvolver os estudos necessários à implantação, no regime de Parceria Público Privada (PPP), de um novo e moderno complexo industrial e logístico no litoral Norte do estado: o pe – polo ecologístico.
O projeto une um sistema logístico, composto por um porto naturalmente abrigado e um aeroporto internacional, a um complexo industrial de grande porte.
E o que é melhor: os estudos de viabilidade do empreendimento não custarão nada aos cofres públicos.
A proposta, extremamente bem-vinda, sobretudo para os que temiam a consolidação de um certo desequilíbrio Norte-Sul no nosso estado, foi aprovada durante reunião do Comitê Gestor do Programa de Parcerias Público Privadas de Pernambuco.
Orçado inicialmente em R$ 3 bilhões, o projeto será concentrado, especialmente, na região dos municípios de Goiana, Igarassu, Itapissuma, Itamaracá, Paulista, Olinda e zona Norte do Recife.
Como se vê, os ventos que têm soprado no Sul, trazendo os sucessivos e expressivos investimentos atraídos por Suape, começam a encontrar caminhos para, no futuro, bafejarem com igual intensidade as bandas do Norte.
Claro que para um investimento desse porte se consolidar é preciso mais que vantagens naturais, como, por exemplo, o calado e a posição geográfica do futuro porto.
Suape, aliás, nos ensinou que as coisas só começam a sair do papel quando o governo supera a fase da abundância retórica e o raquitismo nos investimentos públicos, e começa efetivamente a fazer o seu dever de casa.
Por isso, o governador Eduardo Campos anunciou a implantação do Sistema Produtor de Água do Sirigi.
Serão R$ 75 milhões para a sua implantação, sendo 45 deles de Pernambuco e 30 repassados pelo Ministério da Integração Nacional.
Quando estiver concluído, o Sistema Sirigi vai levar mais água para oito municípios da Mata Norte, que ainda enfrentam o racionamento: Macaparana, São Vicente Férrer, Machados, Condado, Itaquitinga, Aliança, Buenos Aires e Vicência.
E as ações não estão limitados a Sirigi.
Outros investimentos vêm sendo feitos nesse mesmo sentido. É o caso da construção da Barragem do Morojozinho e do sistema de abastecimento da barragem de Carpina.
Dessa forma, a Região da Mata Norte está sendo preparada para viver o novo momento que se aproxima com a chegada do pe .
São os investimentos públicos ali realizados que garantirão, de imediato, a elevação da qualidade de vida da Região e, no médio prazo, a instalação e consolidação do polo ecologístico.
Estamos, assim, através da soma de esforços públicos e privados, colocando, com a agilidade necessária, os primeiros alicerces de um novo polo de desenvolvimento em Pernambuco.
Quem sabe, não estamos vendo um novo Suape nascer. *Waldemar Borges é deputado e líder do Governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco