Do Jornal do Commercio Nos últimos oito anos, o pernambucano ficou mal acostumado.

Disposto a manter vivas as fortes ligações com seu Estado natal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou Pernambuco inúmeras vezes a cada ano de seu governo, sob as mais diversas razões.

Ora para anunciar algum convênio, ora para fazer campanha em favor de seus aliados, ora para prestigiar algum grande evento, como o Carnaval ou a Paixão de Cristo.

As visitas, aliás, não deveram-se simplesmente ao fato de ter um aliado como governador do Estado - no caso, Eduardo Campos (PSB).

Afinal, nos seus quatro primeiros anos à frente da Presidência da República (2003-2006), quem estava no comando do Palácio do Campo das Princesas era o hoje senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) - justamente um dos maiores críticos do governo petista.

Nem por isso Lula ignorou o Estado.

Passados quase seis meses de governo da presidente Dilma Rousseff (PT), a história mudou e Pernambuco saiu das prioridades da rota presidencial.

Semana passada, pela terceira vez o ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) sugeriu que Dilma pretende vir ao Estado - ainda este mês - .

Algo que, por enquanto, tem ficado apenas no campo das possibilidades.

No início de janeiro, durante visita às obras de Transposição do Rio São Francisco, junto ao governador Eduardo Campos (PSB), Bezerra Coelho havia dito que Dilma queria vir a Pernambuco ainda naquele mês não apenas observar o local das obras, no Sertão, como também para ir ao Porto de Suape.

A visita não ocorreu.

Um mês depois, em Petrolina, o ministro voltou a falar na intenção da presidente visitar o Estado, cuja agenda estaria sendo fechada - para março -.

Eduardo também havia feito convite à presidente, no mesmo mês.

Não foi bem-sucedido.

A especulação da vez é de que a presidente virá ao Estado no dia 25 de junho, sábado pós-São João, para evento que marcará o início da construção da fábrica da Novartis, em Goiana.