Do Jornal do Commercio O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Guilherme Uchoa (PDT), optou nessa sexta (10) pelo silêncio ante as declarações do ex-ministro da Justiça Fernando Lyra sobre a Proposta de Emenda Constitucional 01/2011, que libera indefinidamente a reeleição para os membros da mesa diretora do Legislativo estadual.

A assessoria do deputado informou que ele não se pronunciaria sobre o caso.

A atitude de Uchoa difere da que ele teve anteontem, quando reagiu emitido uma nota em resposta às críticas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE) em relação à proposta.

Em entrevista ao JC ontem, Lyra classificou a PEC de “mau exemplo”, avalia que ela provocaria um “sério dano"à imagem do Estado e considerou-a inconstitucional.

As opiniões do ex-ministro tiveram repercussão entre os deputados estaduais.

Na avaliação de Daniel Coelho (PV) e de Teresa Leitão (PT), o fato do governista Lyra “irmão do vice-governador João Lyra Neto (PDT)” ter censurado a proposta é um indicativo que o debate em torno da matéria e não se orienta pelo tradicional embate de bancadas, do governo contra a oposição, mas por “princípios”. “Quem vota contra ou a favor da PEC não executa um movimento contra ou a favor do governo " a entrevista deixa claro isso. É uma questão que será guiada pelos princípios de cada deputado.

Ele (Lyra) é ligadíssimo ao governo e mesmo assim é contra o projeto”, afirmou Daniel Coelho. “As bancadas estão divididas " só o PTB está fechado em relação ao tema (é contra a PEC).

Todo governo quer ter um bom relacionamento com a Assembleia, mas isso não está em jogo aqui”, disse Teresa Leitão.