O Procurador-geral da República, Roberto Gurgel, decidiu arquivar a representação contra o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci.
A presidente Dilma Rousseff (PT) foi informada no início da noite desta segunda-feira (6).
A Procuradoria ainda não se pronunciou oficialmente, diz a Folha de S.
Paulo.
A decisão garante a Palocci uma sobrevida no cargo.
Está nas mãos de Dilma definir se o ministro permanece ou não no cargo.
Roberto Gurgel enviou pedido de explicações a Palocci no dia 20 de maio, cinco dias após a revelação de que o patrimônio do ministro teve um aumento de 20 vezes nos últimos quatro anos.
O procurador não fez perguntas específicas a Palocci, apenas pediu que ele esclareça os fatos presentes nas duas representações encaminhadas à PGR por partidos da oposição na semana anterior.
O ministro entregou o relatório requisitado uma semana depois, no dia 27 e, na semana seguinte, encaminhou mais documentos à procuradoria.
Nesta segunda, aumentou a pressão para que Palocci deixe o cargo.
A Força Sindical divulgou nota pedindo afastamento imediato do ministor.
A Folha de S.
Paulo informa que No Congresso, a CPI proposta pela oposição também ganhou força hoje com a assinatura da senadora Ana Amélia (PP-RS), que faz parte da base aliada do governo Dilma.
Com ela, a oposição reuniu até agora 20 das 27 assinaturas para que a comissão seja instalada no Senado.
O senador Itamar Franco (PPS-MG) também deve assinar.
Ele está em tratamento em São Paulo, pois foi diagnosticado com leucemia.
O PCdoB divulgou nota no site do partido exigindo do governo Dilma uma resolução rápida para o que chama de “crise Palocci”, o que aumenta ainda mais o “fogo amigo” na base aliada.