O prefeito do Recife, João da Costa (PT), só estava a fim de falar sobre ecologia, nesta tarde de domingo (5), quando deu a largada de um passeio ciclístico que marcou a abertura da Semana do Meio Ambiente da capital.

Quando jornalistas o perguntaram sobre o que achou das entrevistas do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, na TV Globo e na Folha de S.

Paulo, Costa preferiu desconversar e afirmou que não assistiu nem leu o que disse o ministro da presidente Dilma Rousseff (PT). “Não vi a entrevista na sexta-feira.

Vou procurar agora à noite pra poder dizer a vocês”, esquivou-se.

Ele também evitou comentar a reportagem da revista Veja desta semana que diz que o ministro mora em São Paulo num apartamento em nome de laranjas. “Não sei se isso existe.

Como vou responder?

Acho que o Palocci tinha que dar explicações à sociedade.

Gera uma série de dúvidas.

Acho que ele fez isso na sexta-feira”, afirmou mesmo garantindo que não viu o Jornal Nacional.

Costa disse que só tem acompanhado as repercussões das entrevistas e que elas se dividem entre a favor e contra. “Tem repercussões diferentes.

Tem quem ficou satisfeito com a postura dele e outros que não.

Cabe à presidente avaliar e conversar com o minstro um encaminhamento.

O importante é que o governo está tocando seus projetos, está ativo.

Isso é um problema de governo, de um ministro importante, mas que pode ser resolvido”, considerou.

RECIPREV - João da Costa também se negou a comentar a denúncia de fraude no Regime Próprio de Previdência Social do Recife (Reciprev).

De acordo com reportagem apresentada neste domingo no Jornal do Commercio, uma operação de compra de títulos públicos federais pode ter lesado o Reciprev em R$ 4,6 milhões em 2004, na primeira gestão do ex-prefeito João Paulo (PT). “Isso não é política. É outra coisa”, encerrou Costa.