Tatiana Farah, em O Globo Ex-ministro da Casa Civil e deputado cassado no escândalo do mensalão, José Dirceu (PT) saiu nesta terça-feira em defesa da atuação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reforma política e na crise em torno da evolução patrimonial ministro Antonio Palocci.
Dirceu, que na quarta e quinta-feira estará com Lula e a família Castro em Havana, Cuba, criticou até os “aliados mais afoitos” que teriam afirmado que a presença de Lula no manejo da crise enfraqueceria o governo da presidente Dilma Rousseff. “Nos últimos dias, não faltaram cientistas políticos de plantão, a oposição mediática e política e, inclusive, alguns aliados mais afoitos, que não olham sua própria atuação, para pregar que, ao participar mais ativamente do cenário político, Lula estaria enfraquecendo o atual governo, com conseqüências negativas à presidenta Dilma Rousseff”, escreveu Dirceu em seu blog, afirmando que os críticos da ação de Lula tem “a ingênua intenção de cercear a legítima participação do ex-presidente Lula”.
Para Dirceu, Lula tem “liderança popular” e, como ex-presidente, “sua estatura nessa condição fala por si”.
O ex-ministro lembrou que três ex-presidentes atuam como senadores: José Sarney (PMDB-AP), Itamar Franco (PPS-MG) e Fernando Collor (PTB-AL) . “Se Fernando Henrique Cardoso optou em não ser senador, problema dele.
Mas é bom que se diga que ele atua como nunca no PSDB e na vida política do país”, escreve Dirceu.
O ex-ministro considerou as críticas “sem sentido” e avisou: “A oposição que ponha suas barbas de molho.
Lula, com o apoio do PT, não deverá aceitar essa pressão descabida.
Não abdicará de participar na vida política do país nem deixará de apoiar o governo Dilma”.