Foto: Agência Câmara Da Agência Câmara Enquanto a oposição defende a legalidade da convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, aprovada na manhã desta terça-feira pela Comissão de Agricultura, os governistas anunciam que os 26 parlamentares da base que participam da comissão vão apresentar no Plenário uma questão de ordem pedindo que seja anulada a votação.
A oposição diz que não houve irregularidades na votação. “Houve uma reunião na normalidade, com resultado claro, e, se o governo foi relapso, deve pagar o preço pela sua desatenção”, disse o líder do Democratas, Antonio Carlos Magalhaes Neto (BA).
Para o líder do governo, Cândido Vaccarezza, o resultado proclamado pelo presidente da comissão, Lira Maia, não foi real. “A orientação dos partidos que defendem a maioria não foi respeitada”, disse Vaccarezza.
Quem deverá decidir sobre a legalidade ou não da votação é o presidente da Câmara, Marco Maia, que preferiu não se pronunciar sobre o caso. “Eu só vou analisar essa situação se for instado a fazê-lo.
Há varias possibilidades de questão de ordem, portanto, só vou falar sobre esse tema quando e se essa questão de ordem for feita”, disse o presidente.
GOLPE - oposição e governo se acusam mutuamente de tentar dar um golpe para prevalecer a sua posição. “O presidente da Comissão de Agricultura deu um golpe, e nos vamos pedir que o presidente da Câmara restaure a normalidade”, disse Vaccarezza. “Golpe é tentar mudar uma decisão tomada pela vontade da maioria da comissão em conformidade com o regimento”, rebateu ACM Neto.
STF - O líder do DEM não descartou ir ao Supremo Tribunal Federal, caso a convocação seja anulada. “Vamos usar todos os recursos cabíveis para confirmar a decisão”, disse.
Para o líder do governo, a oposição tem o direito de ir ao Judiciário, mas minimizou o fato. “‘É legitimo, mas o STF não vai embarcar nessa onda”, disse Vaccarezza.