Na Folha Online Em jantar com o vice-presidente Michel Temer na noite de ontem, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) anunciou que vai assinar o pedido de instalação de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Congresso para investigar a evolução patrimonial do ministro Antônio Palocci (Casa Civil).

Apesar de Temer ter conseguido convencer outros “dissidentes” da bancada do PMDB no Senado a não assinarem de imediato a CPI, Requião disse que vai aderir ao pedido de investigações.

Segundo relatos de participantes do jantar, os outros integrantes do chamado G8 (grupo de oito senadores peemedebistas “independentes” no Senado) prometeram esperar as explicações públicas de Palocci antes de assinarem a CPI.

Mas não descartaram a possibilidade de aderirem à comissão. “O Requião é o único que talvez assine antes do resultado das investigações.

Estamos ponderando com ele para ver se aguarda as explicações encaminhadas pelo ministro à Procuradoria Geral da República”, disse o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).

Além de Requião, os senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), Casildo Maldaner (PMDB-SC), Waldemir Moka (PMDB-MS), Eduardo Braga (PMDB-AM), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES) integram o chamado “G8” peemedebista no Senado.

Alinhado com a oposição, Jarbas já assinou o requerimento de instalação da CPI.

Simon, que prometeu esta semana pedir o afastamento do ministro em discurso na tribuna do Senado, disse durante o jantar que vai esperar as explicações de Palocci antes de tomar sua decisão sobre a comissão parlamentar de inquérito.

A oposição espera a adesão de pelo menos parte do G8 à CPI para conseguir instalar a comissão para investigar Palocci.

DEM e PSDB reuniram 19 das 27 assinaturas necessárias para que a comissão saia do papel.

Também são esperadas outras dissidências da base de apoio do governo no Senado, como os senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Ana Amélia Lemos (PP-RS).