No Estado de S.Paulo O governo da Holanda decidiu vetar a compra de maconha por turistas em coffee shops.

A medida deve ser adotada em todo o país até o fim do ano.

Trata-se da primeira iniciativa do gabinete do premiê Mark Rutte para reduzir o chamado turismo só para uso de drogas no país.

Restrições ao consumo da maconha ainda devem ser estendidas aos holandeses em 2012.

A medida tem o apoio da Corte Suprema da Holanda, como destacou o porta-voz do Ministério da Justiça Wim van der Weegen.

Pelas novas regras, os clientes holandeses terão de se cadastrar como usuários nas lojas - e cada local terá no máximo 1,5 mil consumidores.

A medida começará a ser implementada pelo sul do país, por Limburg, Noord Brabant e Zeeland.

Anunciada pelos Ministérios da Saúde e da Justiça como necessária para “combater os problemas e a criminalidade associados a essas cafeterias”, essa política, na realidade, começou a ser vislumbrada no ano passado, quando o liberal Rutte organizou a coalizão de governo com a presença do partido de extrema-direita - e xenófobo - de Geert Wilders.

Turista da maconha.

O fim da política de “portas abertas”, aliás, foi um dos destaques na última campanha para o Parlamento holandês.

Como o comércio da droga é proibido na maioria dos países europeus, a Holanda se tornou um porto seguro.

Em algumas cidades, a polêmica já havia merecido regulamentação.

Ainda no sul do país, Maastricht tem 13 cafés nos quais a maconha é oferecida em cardápios.

Para barrar a criminalidade e o tráfico, na fronteira com a Bélgica, proibiu-se a venda da droga em agosto do ano passado.

O veto só vale para os estrangeiros - e são cerca de 2 milhões por ano.

Considerada liberal, a Holanda também já teve outros vetos a drogas em leis.

Em 2008, por exemplo, o fumo de tabaco foi proibido em restaurantes e cafés sob protesto dos donos dos estabelecimentos, que reclamaram que a lei permitia, no entanto, que os fregueses acendessem cigarros de maconha - embora cigarros com tabaco misturado à droga também fossem vetados.