Do NE10 Em Natal, ao contrário de várias capitais brasileiras, a Marcha da Maconha saiu.

E saiu escoltada pela Polícia Militar (PM) nesse sábado (28).

Para viabilizá-la, os organizadores tiveram de assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que entre várias ações, proibia o consumo e a venda de qualquer tipo de substância ilícita.

As informações são do jornal Tribuna do Norte.

Com tempo de duração controlado pelo TAC, a marcha partiu da Rua Erivan França, na Praia de Ponta Negra, e seguiu até o Praia Shopping.

Cerca de mil pessoas participaram da manifestação.

Esta é a segunda vez que a marcha ocorre em Natal e a primeira vez em que ocorre fora dos muros da universidade, quando reuniu mais de 500 manifestantes.

Isabela Bentes, uma das organizadoras da marcha, afirmou que a organização conseguiu “entrar em comum acordo com a polícia” e garantir a realização da marcha sem necessidade de alterar o nome, como foi imposto em outras capitais. “É preciso lutar pela legalização do debate”, lamentou Isabela.

O advogado da marcha, Pedro Siqueira, comemorou a decisão e explicou que o objeto da TAC também era controlar possíveis abusos dos dois lados: manifestantes e Polícia. “Ao liberar a marcha, eles reconheceram um direito que é legítimo, que é o de contestar a legislação atual”, afirmou Pedro.

Apesar disso, um dos membros do Coletivo Marcha da Maconha Brasil, grupo que mantém o site www.marchadamaconha.org.br e apoia as manifestações realizadas em todo o país, não aprovou as medidas e chegou a postar um texto no fórum no último dia 21 classificando as normas impostas como “cerceadoras do movimento”: “por exemplo, a determinação para a marcha terminar às 17h, com tolerância de 30min.; lista para cadastro dos organizadores; lista de quem estará permitido a falar no microfone; nome e cadastro dos músicos que irão tocar na marcha; camisas com a sinalização de organização do evento”.