Adriana Fernandes e Fabio Graner, da Agência Estado O estoque de crédito na economia brasileira cresceu 1,3% em abril em relação ao mês anterior, atingindo R$ 1,776 trilhão, o equivalente a 46,6% do Produto Interno Bruto (PIB).
Em março, o estoque equivalia 46,5% do PIB.
O ritmo de crescimento em abril é maior do que o verificado em março, quando o saldo das operações de crédito do sistema financeiro teve uma expansão de 1% em comparação a fevereiro.
De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, em 12 meses até abril, a expansão do crédito já soma 21%.
Nos últimos três meses, o crescimento foi de 3,7% e no ano até abril a expansão atingiu 4,1% .
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, já avisou que considera um ritmo condizente de aumento do crédito um faixa entre 10% a 15%.
Pelos dados do BC, o chamado crédito livre, aquele feito com recursos que os bancos podem usar onde quiserem, houve aumento de 1,4 % no estoque das operações em abril em comparação a março.
Já o estoque dos recursos direcionados apresentou alta de 1% no mesmo período.
Juro A taxa de juros das operações de crédito livre subiu de 39% em março para 39,8% em abril.
Até o mês passado, os juros dos financiamentos subiram 4,8 pontos porcentuais no acumulado do ano e, nos últimos 12 meses, o aumento soma 5,5 pontos porcentuais.
Nas operações de pessoa jurídica, a taxa de juros caiu, passando de 31,3% em março para 31% em abril.
Por outro lado, para as pessoas físicas, os financiamentos estão mais caros.
A taxa de juros subiu de 45% para 46,8%, no mesmo período.
Enquanto a taxa dos empréstimos para pessoa jurídica no acumulado do ano até o mês passado subiu 3,1 pontos porcentuais, o encargo para pessoa física registrou crescimento duas vezes maior, de 6,2 pontos porcentuais.
Já o spread médio das operações de crédito livre subiu de 26,8 pontos porcentuais em março para 27,7 pontos porcentuais em abril.
Em 2011 até o mês passado, o crescimento do spread é de 4,2%.
Nas operações de financiamento das pessoas jurídicas, o spread recuou, passando de 19,6 pontos porcentuais para 19,4 pontos porcentuais, em base mensal.
Na pessoa física, por outro lado, houve uma expansão, passando de 32,4 pontos porcentuais em março para 34,2 pontos porcentuais em abril.
No ano até abril, o spread das operações para pessoa física já subiu 5,7%.
Inadimplência A inadimplência das operações de crédito com recursos livres subiu de 4,7% em março para 4,9% em abril.
Para a pessoa física, o índice de calotes passou de 6,0% para 6,1%, enquanto para pessoa jurídica aumentou de 3,6% para 3,7%.
No acumulado do ano, a inadimplência do crédito livre subiu 0,4 ponto porcentual, mesmo índice da pessoa física.
Para pessoa jurídica, a alta é de 0,2 pp na inadimplência no ano.
O prazo médio das operações no crédito livre subiu 1 dia de março para abril, para 476 dias corridos.
No acumulado do ano, contudo, o indicador está estável.
O prazo médio de operações da pessoa física caiu 1 dia, para 567 dias corridos, enquanto para as empresas subiu 4 dias, para 392 dias corridos.
No ano, o prazo médio para pessoa física tem alta de 5 dias e para pessoa jurídica tem queda de 7 dias.