Paulo Augusto, do Jornal do Commercio Quando um time de futebol possui muitos jogadores para uma mesma posição, por vezes o treinador se vê colocado numa situação complicada: alguém vai ser escalado, e os demais, provavelmente, ficarão relegados a segundo plano e, por tabela, insatisfeitos.

Em política, quando o assunto é definição de candidatos para uma disputa majoritária, a situação é semelhante.

Sob essa lógica, um dos “times” que devem ter mais dores de cabeça para se resolver no que concerne à disputa municipal de 2012 é, mais uma vez, o PSB de Petrolina, com nada menos que quatro nomes com chances de “entrar em campo”: os deputados federais Fernando Filho e Gonzaga Patriota, o deputado estadual Odacy Amorim e o secretário estadual de Agricultura, Ranilson Ramos.

Desses nomes, pelo menos três assumem publicamente o desejo de disputarem a eleição no próximo ano: Amorim, Fernando Filho e Patriota.

Todos, porém, se mostram dispostos a conversar e não colocam como uma imposição suas candidaturas.

Ranilson Ramos, principal interlocutor do governador Eduardo Campos (PSB) no tema eleições em Petrolina, descarta entrar na disputa (embora, nos bastidores, essa não seja a opinião de correligionários, que acreditam que o secretário também pode entrar na fila.

Seria inclusive o preferido do governador Eduardo Campos), ou mesmo ser uma alternativa caso não haja consenso.

A grande preocupação do partido é evitar a repetição do episódio de 2008, quando o PSB assistiu a uma forte disputa entre seus dois principais pré-candidatos, Odacy Amorim e Gonzaga Patriota.

Então prefeito, Amorim se via como o candidato natural à reeleição, mas acabou sendo derrotado por Patriota na convenção partidária.

De forma implícita, um inevitável racha acabou ocorrendo na base do partido e o beneficiado foi o médico Júlio Lóssio (PMDB), que iniciou a campanha como azarão, mas foi eleito com 59% dos votos válidos, contra 38% do adversário socialista.

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