No Blog de Josias O Ministério Público Federal abriu investigação contra o ministro Antonio Palocci.

Deseja-se apurar se o chefe da Casa Civil enriqueceu ilicitamente.

Deve-se a iniciativa ao procurador da República José Rocha Júnior, lotado no Distrito Federal.

Em notícia veiculada na Folha, as repórteres Andreza Matais e Fernanda Odila informam que José Rocha expediu dois ofícios.

Num, dirigido à Receita Federal, requisitou as declarações de Imposto de Renda da Projeto, a consultoria de Palocci.

Noutro, dirigido à empresa, requereu a relação dos clientes que se serviram da consultoria companheira de Palocci.

O procurador quer verificar se o salto patrimonial de Palocci e compatível com o faturamento de sua empresa.

Em caso de inconsistências, Palocci pode tornar-se alvo de uma ação judicial por improbidade administrativa.

José Rocha justificou assim a abertura da apuração contra o ministro: “Não foram apresentados publicamente justificativas que permitam aferir a compatibilidade dos serviços prestados com os vultosos valores recebidos”.

A novidade chega antes da resposta de Palocci ao pedido de esclarecimentos enviado a ele pelo procurador-geral da República Roberto Gurgel.

Gurgel deu a Palocci um prazo de 15 dias para explicar como seu patrimônio foi multipicado em 20 vezes num intervalo de quatro anos.

Como ministro, Palocci dispõe de foro privilegiado.

Em matéria criminal, só pode ser denunciado pelo procurador-geral e processado no STF.

Para desassossego do ministro, porém, a ação por improbidade, de natureza cívil, pode ser movida por qualquer procurador.