O recuo do Sindicontas e o passo atrás do deputado Luciano Siqueira, do PC do B, na defesa do projeto de equiparação salarial de técnicos e auditores, sem concurso público, não ocorreu de graça.
O principal fator foi mesmo uma ação mais enérgica da presidência da casa contra a tentativa de aprovação do trem da alegria.
O presidente do TCE, Marcos Loreto, abandonou a postura vacilante da primeira semana, em que disse ser a favor do projeto original, sem se posicionar claramente para a sociedade.
Nesta semana, em conversas internas, ele autorizou (termo da moda) que se divulgasse que ele era contra a emenda.
Na entrada em cena, informou ao deputado e ao presidente da CCJ, que analisa o trem, que retiraria todo o projeto do TCE, se houvesse insistência.
Afinal, na minha opinião, tratava-se mesmo de uma intromissão do Legislativo na própria autonomia do tribunal.
Logo depois, entra em cena a operação abafa.
Ato contínuo, os auditores aceitaram não fazer o protesto em que iriam trabalhar de luto com a constituição na mão.
Dias de TJPE … no TCE.
Para mim, quem sai chamuscado do episódio é o deputado comunista Luciano Siqueira.
Não se entende como caiu em uma armadilha destas.
A nota que o Sindicontas divulgou agora à tarde ainda o humilha, ao citar que estaria ‘autorizando-o’ a retirar a emenda.
Um deputado subordinado à uma categoria?
Mesmo não estando convicto de que patrocinava uma ilegalidade, Luciano Siqueira também sabia que iria ser derrotado na votação.
Os demais colegas deram sinais de que iriam votar contra.
Não se sabe, ainda, se foram prometidas compensações aos técnicos, diante da derrota.
A casa vai se acalmar ou continuar em pé de guerra?
A conferir.
A nova posição saiu depois de uma reunião hoje pela manhã da direção do sindicato com o presidente do Tribunal de Contas (TCE), Marcos Loreto, e os deputados estaduais Luciano Siqueira (PCdoB) e Raimundo Pimentel (PSB), autor e relator do projeto na Assembleia Legislativa que equipara as duas categorias.