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Por Ana Laura Farias, do Blog de Jamildo O chamado ‘’trem da alegria’’ do Tribunal de Contas do Estado (TCE) contraria deliberação do próprio tribunal expedido em 29 de março deste ano.

Na deliberação, foi definido que não haveria ‘‘qualquer intenção ou iniciativa voltada para unificação de cargos".

O ‘’trem da alegria’’ está causando um mal-estar entre técnicos e auditores.

Segundo a Associação dos Auditores do Tribunal de Contas, os técnicos do TCE de Pernambuco estão entre os mais bem pagos do país.

Eles reivindicam a equiparação ao cargo de auditor, ocupado por servidores de nível superior.

O impacto desta mudança pode chegar a R$ 10 milhões por ano para o TCE. “Ao longo dos anos, os técnicos sempre receberam muitas .

Isso fez com que a gente chegasse nessa situação alarmante de hoje”, diz José Ricardo Borges, da Associação dos Auditores do Tribunal de Contas.

Duzentos e trinta técnicos podem ser beneficiados com a medida.

No TCE, o salário inicial de um auditor é, atualmente, de R$ 10.100 e de um técnico, R$ 8.585.

Os técnicos do Judiciário Federal recebem em torno de R$ 6.360 de salário inicial e R$ 9.949, em salário final.

Técnicos e auditores duram 27 anos para chegar ao topo da carreira.

A média do mercado é de 15 anos.

No caso dos auditores, o valor é de R$ 19.272 e dos auditores, R$ 16.3811.

Por conta da progressão, parte dos auditores concursados em 2004 ganha menos do que os técnicos concursados de 1995.

Até 1990, a ascensão funcional era permitida.

Assim, um técnico poderia chegar a auditor, mesmo sem ter prestado concurso para este cargo.

Amanhã (25), os auditores prometem comparecer à reunião do TCE vestidos de preto e com a constituição na mão para protestar contra a equiparação.

ENTENDA O CASO - A emenda defendida pelo deputado estadual Luciano Siqueira defende a equiparação entre cargos de nível técnico e nível superior no TCE.

Os técnicos alegam que a mudança seria justa, já que consideram que as atividades exercidas por ambos os cargos seriam semelhantes.

Já os auditores acreditam que a emenda pode desmoralizar o TCE.

Além do corpo a corpo na Assembleia Legislativa, os auditores estão denunciando a suposta ilegalidade na Ordem dos Advogados do Brasil, no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), no Ministério Público do Estado.

A Associação dos Auditores do TCE diz aguardar o posicionamento do presidente do TCE, Marcos Loreto, e dos conselheiros. “Eu realmente espero que essa emenda não seja aprovada.

Seria desmoralizante para a Casa”, diz José Ricardo Borges.

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