Do Jornal do Commercio Para evitar problemas com desapropriações e, consequentemente atrasos, como é comum às obras públicas, a Prefeitura do Recife tem negociado com os moradores que estão no traçado da Via Mangue, corredor expresso que deverá melhorar a mobilidade na Zona Sul da capital.

Das 1.200 famílias que serão retiradas de suas moradias para dar passagem à futura via, pouco mais de 200 terão que ter os imóveis desapropriados pelo município.

Ou seja, avaliados e comprados pela prefeitura para, em seguida, ser demolidos.

A negociação não será maior porque as outras 996 famílias residem em palafitas ou casebres e estão com o reassentamento garantido nos apartamentos dos três conjuntos habitacionais que fazem parte do projeto.

Há um ano, 352 famílias deixaram as comunidades carentes da Xuxa e parte da Deus nos Acuda, em Boa Viagem, para o primeiro habitacional, o Via Mangue 3, na Imbiribeira.

Das 644 famílias restantes, cadastradas em 2007, 640 irão para os habitacionais Via Mangue 1 e 2, que já estão com mais de 50% das obras prontas e têm previsão de entrega em novembro. “Os habitacionais são apenas para os moradores de palafitas e casebres.

As casas de alvenaria serão indenizadas.

Essa é a nossa decisão.

Sabemos que a área tem valorizado muito e que as pessoas querem valores acima do correto.

Por isso, já iniciamos a negociação” , explicou a presidente da Empresa de Urbanização do Recife (URB), Débora Mendes, coordenadora da obra.

A presidente, entretanto, reconhece que poderá haver dificuldades com o processo de desapropriação. “Sabemos desse risco.

Por isso, começamos a chamar as pessoas para conversar.

A maioria das famílias, inclusive, quer um apartamento nos habitacionais, porque a área está valorizada”, disse.

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