Por Larissa Guimarães, na Folha.com A oposição voltou a enfrentar dificuldades para votar pedidos de convocação do ministro Antonio Palocci (Casa Civil) nesta terça-feira.
Em duas comissões da Câmara (Orçamento e Fiscalização), deputados oposicionistas não conseguiram colocar cinco pedidos em votação.
Como desde cedo o plenário da Casa está aberto para o debate sobre o Código Florestal, as comissões não puderam funcionar normalmente.
Reportagem da Folha do último dia 15 mostrou que o ministro multiplicou por 20 seu patrimônio entre 2006 e 2010.
Ele adquiriu dois imóveis pela empresa Projeto –um apartamento de luxo em São Paulo no valor de R$ 6,6 milhões e um escritório na mesma cidade por R$ 882 mil.
Na semana passada, os governistas já vinham agindo para blindar o ministro-chefe da Casa Civil, numa tentativa de evitar mais desgastes para o Palácio do Planalto.
Parte da estratégia da oposição é entrar com requerimentos de convocação em todas as 20 comissões da Câmara.
Nesta tarde, o PPS protocolou mais dois pedidos de convocação de Palocci –um deles na Comissão de Educação e Cultura e outro na Comissão de Segurança Pública.
Em outra frente, deputados e senadores oposicionistas tentam coletar assinaturas para a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).
Os trabalhos começaram na manhã de hoje.
SENADO - Com minoria na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle do Senado, a oposição retirou nesta terça-feira o requerimento de convocação do ministro Antônio Palocci (Casa Civil) para explicar no Congresso a sua evolução patrimonial.
Depois de uma hora de debates, a oposição decidiu recuar da votação ao perceber que não teria apoio suficiente para aprovar a convocação do ministro. “Estou retirando porque sei que, neste momento, o governo continua batendo pé para não permitir a vinda do ministro Palocci aqui. É uma questão estratégica, sim”, disse a senadora Marinor Brito (Psol-PA), autora do requerimento.