Por Maria Lima, em O Globo.com No almoço do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os senadores petistas, realizado na casa da senadora Gleisi Hoffmann e do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a avaliação de todos é a de que a situação do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, ainda está sob controle.

Lula e os senadores avaliam que ainda não surgiu nenhuma prova concreta que inviabilize a permanência de Palocci no governo.

Ao sair do encontro, o senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que vai caber aos acusadores apresentar uma prova cabal contra o ministro. - A única coisa que senti na reunião é o entendimento de que não há nenhuma prova completa contra o Palocci, até este momento.

A quem está acusando, cabe apresentar as provas - disse Paim.

Sobre a crise iniciada com o processo movido contra o ministro do Desenvolvimeto, Fernando Pimentel, acusado de improbidade administrativa, Paim acha que, como Lula, a presidente Dilma vai se sair bem. - Quem atravessou tudo aquilo que o presidente Lula atravessou no início de seu governo… como ele, a presidente Dilma vai se sair muito bem.

Denúncias contra este ou outro ministro vão ter que provar - afirmou.

A agenda oficial dos senadores petistas é a reforma política.

Porém, como contornar o episódio Palocci também está no centro das discussões.

O almoço ainda não terminou.

Lula apareceu na varanda para a imprensa, mas ainda não falou.

Lula tem atuado como bombeiro para segurar os descontentes e a guerra de grupos dentro do partido.

O ex-presidente chegou ao local acompanhado do ex-ministro Luiz Dulci e de sua secretária particular, Clara Ant.

Ele foi o primeiro a chegar ao encontro no qual estão presentes os senadores Lindberg Faria (PT-RJ), Marta Suplicy (PT-SP), Wellington Dias (PT-PI), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Paulo Paim (PT-SP).

O buffet contratado para o almoço é o Renata La Porta, o mesmo que fez o banquete do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.