A ÉPOCA desta semana traz documentos e depoimentos inéditos sobre negócios suspeitos do senador Romero Jucá (PMDB).

Acima, o contrato de gaveta em que o lobista Geraldo Magela, ligado ao senador Romero Jucá, passa o apartamento em Brasília (abaixo, à esq.) para Álvaro, irmão de Romero Jucá.

O imóvel foi construído por José Celso Gontijo, amigo do senador e beneficiário de verbas sob a influência de Jucá Em entrevista exclusiva para a revista, o lobista Geraldo Magela Fernandes admitiu ser laranja do líder da bancada governista no senado.

Entre as denúncias levantadas por Magela e investigadas pela revista estão caixa dois em campanha, recebimento de propina por parte de empreiteira e busca de dinheiro vivo com doleiros, que era usado para ocultar o nome do senador em rede de mais de dez empresas registradas em nomes de parentes ou laranjas.

Magela declarou que, em campanha ao senado de 2002, o político gastou cerca de 15 milhões em dinheiro vivo, quase tudo caixa dois. “Eu era o responsável pela contabilidade da campanha e declarei só 1% das despesas”, diz o lobista.

Segundo ele, para manipular tanto dinheiro Jucá recorria ao serviço de doleiros.

Entre eles o lendário doleiro paulista Antônio Pires de Almeida, preso em 2005 pela polícia federal, acusado de movimentar ilegalmente U$$ 1,8 bilhão em contas secretas dos Estados Unidos.

A revista, publicada pela Editora Globo, apurou também que em dezembro de 2001 Jucá ganhou um apartamento da empreiteira Via Engenharia, na época presidida por José Celso Gotijo.

Três anos depois, a família do senador, sem ter desembolsado um centavo, repassou a propriedade a própria empreiteira.

Ao final, a transação rendeu aos Jucá meio milhão de reais.

A revista Época chega às bancas neste sábado.

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