Relator da Medida Provisória 512/2010, conhecida como MP do Setor Automotivo, o senador Humberto Costa (PT-PE), esteve com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para defender a sanção integral do projeto.

E saiu de lá com a informação de que o governo vetará parte do texto que concede benefícios fiscais para a produção de peças e autopeças.

Apesar da negativa do ministro, Humberto saiu da reunião com o compromisso de Mantega de que o Governo Federal deverá buscar uma nova forma (seja por meio de decreto ou por meio de uma nova MP) de garantir que a demanda local de produção de componentes de veículos da Fiat também seja contemplada. “Mantega tem um compromisso com o Governo de Pernambuco e com os pernambucanos de que irá buscar uma nova forma de complementar a MP do Automotivo”, disse o senador.

Segundo o petista, a proposta de Mantega ainda não é a ideal, porque a aprovação integral da matéria garantiria a Fiat a produção de ainda mais componentes de veículos com a mesma garantia dos benefícios concedidos a peças e autopeças que vão atender a demanda local. “A nossa luta agora vai ser para que o decreto ou MP complementar possa garantir a produção de excedentes com os mesmos benefícios”, afirmou o petista.

A MP 512/2010 foi aprovada no último dia 27 de abril no Congresso e facilita a instalação de nova fábrica da Fiat, em Jaboatão dos Guararapes, com investimento previsto de R$ 3 bilhões e geração de aproximadamente 5.000 empregos diretos.

O projeto conta com o apoio do governador Eduardo Campos (PSB), um dos grandes responsáveis pela vinda da Fiat para Pernambuco.

Desde a semana passada, Humberto Costa iniciou uma maratona de conversas com ministros nos gabinetes de Brasília em defesa da proposta aprovada pelo Congresso.

Antes de conversar com Guido Mantega, o senador também teve encontro com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.