Por Jairo Lima Não me surpreende a missiva assinada pelo Secretário de Governo do Prefeito Lula Cabral, que tenta desqualificar minhas considerações sobre a perseguição do Prefeito a Festa da Lavadeira.
Fato conhecido por toda a imprensa estadual e até nacional.
Fiz denúncia fundamentada em provas incontestes, e com a autoridade de um cidadão, que bem sei, não terei, tampouco como outros tantos cabenses indignados com tantos desmandos, o reconhecimento dessa patente que tanto incomoda àqueles que não suportam conviver com as críticas e a democracia.
A causa artística/cultural sempre foi terreno de minha militância.
E não preciso aqui discorrer sobre a minha trajetória.
Acontece que se instalou no Cabo uma nova modalidade de tentar se defender das críticas da população, usando o mesmo artifício do prefeito João da Costa, que recentemente usou desse mesmo expediente para tentar desqualificar um cidadão que o abordou na rua, dizendo trata-se apenas de uma crítica da oposição.
Sou como aquele advogado, consciente do meu papel como cidadão.
Talvez o que nos difere, seja o fato do Prefeito do Recife não tê-lo perseguido como eu fui pelo Prefeito do Cabo.
Em 2007, numas dessas crises autoritárias e prepotentes, fui como servidor público municipal, transferido para trabalhar num dos cemitérios públicos da cidade.
Na época o prefeito sendo indagado por um dos jornais de circulação no estado, disse: MANDEI PARA O CEMITÉRIO PARA ELE DEIXAR DE FALAR BESTEIRAS.
Após uma ordem judicial, voltei pra Secretaria de Cultura, minha secretaria de origem.
No dia 16 do próximo mês, o Prefeito estará sentado diante de mim perante um Juiz, que decidirá sobre uma ação de indenização por danos morais.
Pois é, fica difícil para quem forjou sua história nas lutas sociais, iniciadas nos movimentos estudantis dos gloriosos anos oitenta, ter que calar-se justamente agora em que estamos vivendo a consolidação da nossa democracia.
Assim como todos aqueles que defendem a liberdade, também me sinto responsável por mantê-la.
PS: Em tempo, informo que no dia de hoje (18/05) na sessão plenária da Câmara Municipal, foi anulada por unanimidade a primeira aprovação do anteprojeto que desobriga a Prefeitura das responsabilidades com a Festa da Lavadeira.
Os vereadores, mais sensatos, estão optando por uma audiência pública, prova de que a truculência é um péssimo caminho para quem se aventura a fazer política rasteira nos dias atuais.
Jairo Lima apresenta-se como Membro da Academia Cabense de Letras