Breno Costa, da Folha de São Paulo A presidente Dilma Rousseff fez um breve contato com a imprensa na manhã desta terça-feira, mas evitou comentar o caso revelado Folha sobre a multiplicação do patrimônio do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, o mais poderoso de seu governo, e sobre a decisão do governo de não abrir qualquer investigação a respeito.

Na chegada ao Salão Nobre do Palácio do Planalto, onde recebeu o primeiro-ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt, Dilma foi abordada pelos repórteres.

A primeira pergunta foi sobre sua saúde.

Há 20 dias ela se recupera de uma pneumonia e tem evitado compromissos públicos nesse período.

A presidente disse que está na “reta final” da recuperação e que a pneumonia já foi dissipada. “Estou na reta final.

Já não tenho mais a doença.

Agora tenho de recuperar”, disse a presidente.

Em seguida, um repórter perguntou sobre a “saúde de Palocci”.

A presidente disse que ele “está bem” e apontou para o ministro, posicionado na protocolar fila de ministros que cumprimentaria o primeiro-ministro sueco.

Perguntada em seguida sobre a “saúde política” do ministro, Dilma não respondeu.

Sobre a “saúde do governo”, fez um comentário genérico. “Nós todos estamos saudáveis.

Nós todos estamos bem neste país”, disse.

Os jornalistas que acompanhavam a cerimônia ainda tentaram falar com Palocci, mas o ministro seguiu na fila, conversando com o general José Elito Siqueira, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência.

Dilma e Fredrik Reinfeldt seguiram para uma reunião privada, seguidos por Palocci e outros ministros.

A presidente ainda fará uma declaração à imprensa, ao lado do sueco.