Na Veja A Comissão de Ética Pública da Presidência não vai investigar a acusação de que o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, multiplicou seu patrimônio de forma suspeita nos últimos anos.

Em reunião na manhã desta segunda, o grupo avaliou que o caso não merece uma sindicância.

O ministro, que recebeu cerca de 1 milhão de reais em salários nos últimos quatro anos, enquanto esteve na Câmara dos Deputados, adquiriu no período dois apartamentos que, juntos, somam 7,4 milhões de reais.

Em 2006, o então candidato a deputado declarou à Justiça Eleitoral que seus bens somavam 375 mil reais.

O aumento foi de aproximadamente 20 vezes.

Os imóveis teriam sido comprados pela empresa Projeto, de propriedade de Palocci.

A companhia, que inicialmente se dedicava a consultorias, mudou de ramo e, pelo menos oficialmente, atua na venda de imóveis.

O crescimento suspeito do patrimônio de Palocci foi revelado pelo jornal Folha de S.

Paulo neste domingo.

O líder do DEM na Câmara, ACM Neto, afirmou neste fim de semana que vai pedir que Palocci seja convocado para explicar o crescimento patrimonial à casa.