Do iG Após a tentativa frustrada da semana passada de votar o Código Florestal, a Câmara volta a discutir nesta terça-feira o relatório do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP).
O parlamentar começou logo cedo a reunir deputados em seu gabinete, em um esforço para angariar apoio à proposta e chegar a um consenso para levar o projeto a voto.
As divergências, entretanto, tendem a prosseguir, já que o Aldo avisou que não tem planos de ceder às pressões por novas alterações no texto.
Ontem, líderes da base aliada já consideravam a possibilidade de a votação ser novamente adiada.
O líder do governo na Casa, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), passou a segunda-feira em reuniões para tratar do assunto e pretende se reunir também com líderes da base aliada e com Aldo para tentar um acordo. “Pretendo chamar o ministro (da Casa Civil, Antônio) Palocci também”, disse.
A agenda de reuniões previstas para hoje inclui ainda conversas entre parlamentares e os ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, da Agricultura, Wagner Rossi, e das Relações Institucionais, Luiz Sérgio.
Na semana passada, a Câmara chegou a aprovar o regime de urgência para a votação do Código, mas a falta de acordo em relação a alguns pontos do texto levaram o governo a adiar para hoje a votação.
Entre os pontos que travam as negociações estão, por exemplo, os critérios para definir a área de reserva legal nas propriedades e o que trata da recuperação da vegetação nativa às margens de rios.
O governo ainda pressiona por alterações no texto de Aldo, para evitar o risco de rachas no plenário da Câmara.
Parte do próprio PT é contra o relatório do deputado comunista. “Não quero ficar especulando. É difícil chegar a um texto (que agrade a todos)”, apontou Vaccarezza.