Foto: Givaldo Barbosa Agência Brasil e Catarina Alencastro, em O Globo A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse nesta sexta-feira que continuará negociando com o relator da reforma do Código Florestal, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), mas que não abrirá mão da proposta do governo.
A votação do relatório foi adiada para a próxima semana justamente porque o governo não concorda com algumas concessões que Aldo faz ao setor agropecuário, como a isenção de Reserva Legal para quem tem até quatro módulos fiscais de terra (de 20 a 400 hectares), e a manutenção de produção de alimento em Áreas de Preservação Permanente (APPs). - Vamos negociar e dialogar.
Mas queria destacar a importância da proposta do governo, que é uma proposta sólida e que mostra o futuro do desenvolvimento sustentável e de sustentabilidade dos rios brasileiros, trazendo os agricultores para a legalidade.
Não admitimos novos desmatamentos.
Vou lutar até o fim pela proposta do governo - afirmou.
Izabella falou antes do encontro com a presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Marina Grossi, e presidentes de 12 empresas associadas.
A reunião foi marcada para tratar de economia verde e oportunidades de negócios que o super evento ambiental que o Brasil sediará no ano que vem, a Rio 20, trarão.
O vice-presidente da República, Michel Temer, demonstrou nesta sexta-feira estar confiante de que o projeto sobre o novo Código Florestal será votado na próxima terça-feira, na Câmara dos Deputados, mesmo diante das divergências que ainda existem em torno da matéria.
Para Temer, “não há motivo para retardar” essa definição, posição que, segundo ele, é compartilhada pelos líderes partidários. - Onde houver divergências, haverá emendas que serão analisadas pelo plenário - disse.
Temer também afirmou que, caso não haja consenso sobre um ou dois pontos do projeto, o ideal é “decidir no voto”.
Ele fez essas declarações ao participar de encontro sobre a reforma política, promovido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
No encontro, ele reiterou ser a favor de uma reforma política no país que implante o sistema de voto majoritário.
Para o vice-presidente, a medida é uma forma de evitar que candidatos que não tiveram um número de votos representativo sejam eleitos no lugar dos que tiveram expressiva votação.
Isso ocorre quando um candidato com expressiva votação “puxa” os colegas de partido, mesmo que eles não tenham sido bem-sucedidos no que diz respeito ao número de votos recebidos na eleição.