Denise Chrispim Marin, do Estadão Por ordem do presidente dos EUA, Barack Obama, as fotos e vídeos que registraram a morte do terrorista saudita Osama bin Laden foram arquivados como material confidencial e não serão liberados para divulgação.

A medida foi tomada com base nos argumentos dos secretários de Defesa, Robert Gates, e de Estado, Hillary Clinton.

Para eles, as imagens poderiam inflamar extremistas e causar riscos à segurança nacional e aos cidadãos americanos no exterior.

O terrorista mais procurado pelos EUA nos últimos dez anos foi baleado no rosto e no peito por militares das forças especiais da Marinha americana durante uma operação no último domingo em Abbottabad, no Paquistão.

Em entrevista ao programa 60 Minutos, que irá ao ar no domingo na rede de televisão CBS, e cujo trechos foram divulgados ontem, Obama afirmou não haver dúvidas de que o líder da Al-Qaeda foi morto. “Vocês não verão Bin Laden caminhar na Terra de novo”, afirmou. “Nós não mostramos troféus.” Autodefesa.

Segundo o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, apenas os relatos escritos sobre o funeral de Bin Laden poderão ser divulgados.

A descrição mostrará, ainda de acordo com ele, que os EUA tiveram mais respeito com o corpo de Bin Laden do que ele teve com as vítimas dos ataques de 11 de setembro de 2001.

Carney disse também que a missão militar em Abbottabad ocorreu dentro da legalidade. “Foi uma operação de autodefesa do país”, disse.

A equipe de militares das forças especiais da Marinha teria oferecido a Bin Laden a rendição, mas tinha, autorização para matá-lo. “Não há dúvidas de que ele está morto.

A divulgação das fotos é desnecessária.

Haveria um potencial perigo na divulgação de imagens tão medonhas”, completou.

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