Gérson Camarotti, da Agencia O Globo O ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, réu no processo do mensalão, ameaçou se lançar candidato a presidente do PT caso fosse mantida a indicação do senador Humberto Costa (PT-PE), nome preferido da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula para substituir José Eduardo Dutra.
Com grande influência no diretório nacional, Dirceu seria um forte candidato e poderia causar desgaste ainda maior à presidente Dilma, segundo um integrante da cúpula petista.
Diante dessa ameaça, cresceu rapidamente o consenso em torno do nome do deputado estadual Rui Falcão (SP), eleito na sexta-feira passada como novo presidente do PT.
Segundo petistas, o episódio mostra o quanto o grupo paulista estava disposto a retomar o comando nacional do partido.
Havia forte descontentamento com o papel periférico do PT de São Paulo desde a campanha presidencial de Dilma.
O recado de que Dirceu estava disposto a bater chapa com Humberto chegou a ser passado a Lula por um dirigente petista.
E certamente chegou à presidente Dilma, que recebeu o ex-presidente Lula para jantar no Alvorada na última quinta.
Na sexta, na reunião do diretório nacional do PT, Dirceu negou que tivesse influência na eleição de Falcão.
Alegou que não poderia ter feito articulação pois estava chegando de Londres.
Mas, na prática, segundo relatos, Dirceu teve papel decisivo na retomada pelo grupo paulista do controle do PT.
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