O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), procurou diminiuir o impacto da tendência de aumento na violência no Estado, consolidada pelo balanço do número de homicídios em abril.

Ele disse que não é possível avaliar a política de segurança “a cada semana, a cada 15 dias, a cada mês”.

O Jornal do Commercio desta terça-feira (3) mostrou que houve 343 crimes violentos letais intencionais (CVLIs) registrados no mês passado.

Foi o maior índice de assassinatos desde dezembro de 2009.

Eduardo não quis se alongar no assunto.

Afirmou que a nota da Secretaria de Defesa Social (SDS) publicada no jornal já era “esclarecedora” e que fará, em breve, uma avaliação do Pacto Pela Vida. “Acho que o Pacto vai fazer um ano e vamos falar sobre essa situação do conjunto dos quatro anos, do esforço que estamos fazendo junto com a sociedade para ter uma política de segurança que não pode ser avaliada a cada semana, a cada 15 dias, a cada mês.

Tem que ser avaliada todos os dias, mas tem que se ver ela como um processo de transformação como aconteceu no mundo”, ponderou.

Comparando os primeiros quatro meses de 2011 com o mesmo período no ano passado, houve um crescimento de 2% nos homicídios.

O monitoramento diário dos índices feito pela SDS já indicava a tendência desde fevereiro.

O mês de abril terminou com um crescimento de 8,8% dos assassinatos, comparando-se com o mesmo mês de 2010.

Mesmo assim, o governo saiu em defesa de sua política de segurança. “Você não tem nenhuma experiência nem no Brasil nem no mundo com resultados tão positivos como temos aqui em Pernambuco”, disse encerrando o assunto.

Antes dos índices subirem - em março e abril -, Pernambuco conseguiu 27 meses seguidos de redução, o que garantiu que a meta de 12% de queda na taxa de homicídios fosse atingida em 2009 e 2010.