Caro Jamildo, Primeiramente, parabenizo-o pelo título que você deu à nota onde o deputado de Jaboatão dos Guararapes, Betinho Gomes, pega carona na notícia divulgada pela imprensa sobre a Festa da Lavadeira, na Praia do Paiva.

Como você bem enxergou, ele aproveitou a onda para “tirar casquinha”, ou seja, para fazer do caso palanque eleitoral antecipado, que é o ele mais tem feito ultimamente.

Mais do que incompreensível, é lamentável, que um deputado que preside uma comissão de Cidadania na Assembleia Legislativa tenha a desfaçatez de pregar a desobediência a uma lei vigente.

Da mesma forma que não se concebe que um político que tenha o mínimo de responsabilidade não esteja nem aí para a preservação do meio ambiente e da natureza, motivos que também levaram o Ministério Público a intervir e mediar discussões sobre um problema que poderia trazer consequências a toda uma grande e importante faixa de praia.

Não é intenção da Prefeitura Municipal do Cabo de Santo Agostinho acabar com a Festa da Lavadeira.

Pelo contrário, a Prefeitura, através de seus representantes às audiências públicas para discutir o evento (eu fui um desses representantes), sugeriu outro local para a sua chamada “programação profana” (shows, barracas, serviços de som).

Por lei e pelo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) Nº 02/11, aceito e assinado por todas as partes envolvidas na questão, somente a parte religiosa da festa poderá ocorrer em seu local original.

Esta área seria na praia da Itapuama, a menos de 300 metros do Paiva, com toda a estrutura disponibilizada pelo Governo Municipal.

Isto, no entanto, não o foi aceito pelos produtores da festa.

Entendo que o deputado de Jaboatão dos Guararapes deveria se informar melhor sobre o que acontece e não ficar procurando chifre em cabeça de cavalo.

Este tipo de atitude tem nome: oportunismo.

Cordialmente, Luiz Pereira Secretário Municipal de Governo e Orçamento Participativo do Cabo de Santo Agostinho