Fotos: Alexandre Severo/JC Imagem Por Daniel Guedes As obras de drenagem anunciadas pela Prefeitura do Recife para evitar alagamentos em diversos pontos da cidade só devem ficar prontas em julho, bem no meio do período de inverno.

Neste sábado (23), técnicos da PCR visitaram com o prefeito João da Costa (PT) cinco pontos que passarão por intervenções e detalharam o que será feito.

Na Avenida Agamenon Magalhães a obra será no canal Derby-Tacaruna, que tem cinco quilômetros de extensão e entre 2,40 e 3 metros de profundidade.

Serão instaladas entre três e quatro bombas na altura das comportas localizadas na altura do Hospital Português e do Shopping Tacaruna.

A intenção é evitar os alagamentos - e consequentes congestionamentos - na altura do Bompreço do Parque Amorim.

LEIA MAIS: » Veja onde serão as obras de drenagem prometidas pela Prefeitura do Recife » Em visita com cara de campanha, prefeito põe pé na lama e entra em casas no Bode » João da Costa toma um ‘pito’ no meio da rua » João da Costa decreta estado de alerta no Recife As comportas serão fechadas e as bombas acionadas quando houver a conjunção de chuva forte e maré alta, acima de dois metros de altura. “Neste trecho a altura do canal não suporta a quantidade de água.

A instalação das bombas não é um paliativo”, explicou o diretor de Manutenção da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), Fernando Melo.

A água excedente será levada para os rios Capibaribe e Beberibe.

Esse sistema, chamado de drenagem forçada, já existe na cidade.

Desde 2005 há bombas no canal da Avenida Recife.

No local, os alagamentos persistem por conta do assoreamento do Rio Tejipió.

Na Avenida Mascarenhas de Morais, na Imbiribeira, haverá intervenção em dois pontos: no cruzamento com a Rua Olívia Menelau e em frente à fábrica da Netuno.

Nesses locais será necessário ampliar o sistema de drenagem, pois a tubulação não dá mais conta.

Além disso, será feita a ligação com o sistema de drenagem que leva água para a Lagoa do Araçá.

O prefeito espera que essas obras sejam concluídas em três meses, depois do início do inverno. “Tem alguns desses (serviços) que é possível ficar pronto dentro de 90 dias.

Nossa ideia já é começar imediatamente para que no mês de julho a gente possa ter alguns desses pontos resolvidos”, afirmou.

Na comunidade do Bode, no Pina, onde famílias estão em meio a esgoto e lama, o serviço deve levar mais tempo.

Isso porque ainda é necessário identificar as mais de dez casas que estão no caminho do sistema de dragagem e, por isso, impedem o escoamento da água. “Vamos identificar as casas, retirar essas moradias e botar as pessoas no auxílio-moradia.

A drenagem existe, mas está obstruída pelas construções irregulares”, detalhou Fernando Melo, que estima em trinta dias o período de execução das obras, depois de resolvidas as questões habitacionais.

A Emlurb promete para os próximos 15 dias o diagnóstico dos pontos de obstrução do sistema de escoamento da Avenida Domingos Ferreira, no Pina, na altura do número 266. “Os alagamentos não ocorriam aqui neste trecho.

Quando alagava era na altura do Clinical Center.

Vamos identificar o local exato onde há a obstrução”, afirmou o diretor da Emlurb.

A Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana estima em cerca de R$ 1,5 milhão o valor dessas obras.

Além delas há intervenções nos cruzamentos da Avenida Caxangá com a BR-101 e da Avenida Norte com a Rua 48, além do trecho da Avenida João de Barros que fica em frente à Celpe, na Boa Vista.

O departamento jurídico da PCR está avaliando se é possível fazer dispensa de licitação.