Daniel Guedes A partir de novembro deste ano, o governo federal espera poder antecipar em até seis horas a previsão do acontecimento de fenômenos naturais como chuvas e deslizamentos e, assim, tomar medidas para evitar tragédias em todo Brasil.
Isso será possível quando estiver em operação o Centro Nacional de Prevenção a Desastres, que funcionará em Brasília.
As obras físicas ainda não começaram e o Centro está em fase de projeto. “A gente vai integrar todas as informações hidrológicas, de radares, de meteorologia, do Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia), de quantidade de chuvas e deslizamentos.
Com essas informações vamos ter a capacidade de antecipar de duas a seis horas qualquer evento de grande potência.
De duas a seis horas é tempo suficiente para que a gente possa dizer que as pessoas precisam ser retiradas”, explicou o secretário nacional de Defesa Civil, coronel Humberto Viana. » LEIA MAIS: Recife terá R$ 2,5 milhões para mapeamento em 3D da cidade A partir de novembro, diz Viana, já haverá informações referentes a chuvas e deslizamentos.
Mas ele não deu um prazo para que outros fenômenos como tornados, tempestades, chuvas de granizo e secas sejam previstos com tanta antecedência.
Os custos da implementação ainda estão sendo dimensionados, por isso Viana não quis falar em números.
Mas o coronel antecipou ao Blog de Jamildo que serão adquiridos novos equipamentos e há possibilidade de alugar satélites.
Humberto Viana veio ao Recife nesta quarta-feira (20), por ordem do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, para acompanhar de perto a situação da cidade, que sofre com fortes chuvas desde a semana passada.
O secretário anunciou a liberação de R$ 5 milhões para operações de Inverno no Recife.
Metade desse valor vai para o projeto de georreferenciamento da capital, que significa um mapeamento em 3D da cidade para alimentar o Plano Municipal de Redução de Riscos.
O estudo deve ser concluído ainda no primeiro semestre do próximo ano.
Para 2011, serão liberados mais R$ 2,5 milhões para aplicação de gel em morros localizados nas áreas de risco do Recife.
O governo federal já autorizou a liberação da verba.