Do site da revista Veja Na semana passada, um estudo do Ipea alertou para a chance de atraso nas obras de nove entre treze aeroportos de cidades-sede da Copa do Mundo de 2014.

O governo respondeu ao relatório - elaborado por um órgão de sua própria estrutura administrativa - pedindo a flexibilização dos trâmites necessários para a liberação dos trabalhos.

Nesta terça-feira, o Planalto ganhará outra chance de arrumar uma desculpa para defender regras mais frouxas nas obras.

Numa audiência pública marcada para o início da tarde, o Congresso discutirá a marcha-lenta na construção e reforma dos estádios que receberão as partidas do Mundial.

E o diagnóstico que deverá ser ouvido pelos parlamentares é tão preocupante quanto o do Ipea.

A audiência, que acontecerá na Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados, ouvirá o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), João Alberto Viol, junto do presidente do órgão em São Paulo, José Roberto Bernasconi.

Proposta pelo deputado Rubens Bueno (PPS-PR), a sessão receberá um alerta. “O ritmo das obras é lento e há inúmeras indefinições.

No momento, o risco que corremos é de não termos o legado esperado do megaevento”, avisa Viol.

O sindicato das empresas de engenharia tem feito um trabalho de acompanhamento da preparação para a Copa, monitorando o ritmo das obras em todos os estádios prometidos pelo Brasil à Fifa.

A advertência dos engenheiros, porém, não é novidade.

O Sinaenco vem avisando sobre os riscos da falta de planejamento para as obras desde 2007, quando o Brasil foi confirmado como sede da Copa.

Na segunda, numa reunião realizada em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab anunciaram investimentos na infra-estrutura em Itaquera, que poderá receber a partida de abertura, e isenção fiscal ao Corinthians, clube que promete erguer o palco da final.

O projeto, porém, ainda não saiu do papel - e já foi descartado pelo próprio Corinthians para o grande ensaio geral do Mundial, a Copa das Confederações, em 2013.

Ainda assim, Alckmin e Kassab garantem: o estádio estará pronto em 2014.