Grafico avaliacao politica Da Fecomércio Empresários e gerentes do varejo da Região Metropolitana do Recife (RMR) e de Caruaru avaliaram positivamente os 100 primeiros dias dos governos federal e estadual.
A avaliação do governo Dilma Roussef foi muito positiva nos dois espaços urbanos, mas em ambos foi suplantada pelo governo Eduardo Campos.
Em todas as áreas pesquisadas, comércio tradicional, shopping centers e centros de compras, a avaliação do governo estadual foi superior a do federal.
A despeito da avaliação muito positiva dos dois níveis de governo, os entrevistados mostraram-se preocupados em relação ao futuro.
Aumentos na carga tributária e dos juros são tidos como os principais problemas a serem enfrentados pelas empresas.
Por sua vez, a inflação voltou a ser uma ameaça relevante, mais na RMR que em Caruaru.
Nesta cidade, embora a inflação também apareça como um problema substantivo, a retração da demanda e o desemprego, ambos diretamente ligados com o crescimento do PIB, aparecem como problemas mais prementes.
O Centro de Pesquisa – Cepesq - da Fecomércio-PE ouviu 330 empresários e gerentes do comércio varejista em Caruaru e 399 na Região Metropolitana do Recife, na segunda e terceira semanas de abril.
AVALIAÇÃO DOS 100 PRIMEIROS DIAS DE GOVERNO Região Metropolitana do Recife Empresários e gerentes do comércio varejista da Região Metropolitana do Recife (RMR) avaliaram positivamente os primeiros 100 dias dos governos federal e estadual.
O governo da presidente Dilma Roussef foi classificado bom ou ótimo por 57,90% dos entrevistados, contra 9,53% que o consideraram ruim ou péssimo.
O percentual dos que julgaram regular atingiu 32,58%.
Os resultados obtidos pelo governador Eduardo Campos foram ainda melhores: 76,44% bom ou ótimo contra 5,77% ruim ou péssimo, atingindo 22,21% o percentual da classificação regular.
Caruaru Em Caruaru os resultados também foram positivos, embora o percentual dos que julgaram ruim ou péssimo foi de 13,03%.
O governo federal obteve de 58,49% dos entrevistados o conceito bom ou ótimo e os que avaliaram como regular somaram 28,48%.
Também em Caruaru o governo estadual foi mais bem avaliado do que o federal.
O percentual de bom e ótimo foi 64,54% contra 13,33% de ruim e péssimo.
A avaliação regular igualou-se a 22,12%.
As notas obtidas Nos dois espaços urbanos pesquisados o desempenho do governo federal obteve praticamente a mesma boa nota, sem diferença significativa também nas notas médias obtidas nas três áreas de compras pesquisadas, comércio tradicional, shoppings e centros de compras.
A avaliação do governo estadual esteve sempre acima da do federal nos três áreas e, conseqüentemente, nos dois espaços urbanos.
Na RMR a avaliação do governo Eduardo Campos é mais destacada, levando-o a uma nota média quase um ponto acima da obtida pelo governo Dilma Roussef.
AS AMEAÇAS DA CONJUNTURA ATUAL Os empresários e gerentes do varejo além de avaliarem positivamente o desempenho das duas esferas de governo estão otimistas em relação ao desempenho da economia em 2011.
No entanto, temem o aumento da carga tributária, que tanto na RMR e em Caruaru é considerado o principal problema a ser enfrentado.
A alta dos juros aparece em seguida, como o principal problema a enfrentar, incluindo-se aí um possível aumento na taxa de inadimplência.
Carga tributaria alta há muito tem aparecido nas sondagens da Fecomercio-PE como um problema grave.
No entanto, as dificuldades referentes ao crédito, assim como à inflação, somente agora começam a aparecer nas sondagens, indicando que as empresas estão atentas à atual conjuntura econômica.
Um outro grupo de problemas, ligados ao comportamento do PIB, como queda na demanda e no emprego, são mais fortemente percebidos em Caruaru do que na RMR, embora também nesta área sejam significativos.
De um modo geral, a sondagem indica que alem de concordância quanto à avaliação do desempenho dos dois níveis do governo, os empresários e gerentes concordam quanto às principais dificuldades enfrentadas pelo varejo na conjuntura atual, indicando um forte grau de convergência tanto na avaliação da conjuntura política quanto da econômica.