O relatório de impacto ambiental solicitado ao Estaleiro Naval Construcap foi divulgado na manhã desta segunda-feira (18).
Se aprovado, a previsão é que a capacidade total de processamento de aço do empreendimento atinja 40 mil toneladas por ano.
Audiências públicas podem ser solicitadas à CPRH até o dia 22 de maio.
O relatório foi elaborado pela Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores, por exigência da CPRH.
Caso haja consulta pública, os segmentos serão analisados e, só depois, o parecer da licença ambiental é liberado.
A Construcap estima que no pico da obra serão gerados em torno de dois mil empregos diretos atrelados à construção civil e à montagem mecânica de equipamentos.
Segundo o levantamento, a instalação do estaleiro não prejudicará o fornecimento de água e energia na região de Ipojuca.
O relatório aprova as políticas ambientais do Porto de Suape, ao dizer que “não foi identificado nenhum aspecto que confronte com a legislação em vigor”.
Os principais impactos ambientais do custo naval são a dragagem do canal de acesso, o aterramento da área, a supressão do mangue, o “remanejamento involutário” da população de Tatuoca e a alteração da rede hídrica do Riacho da Cana.
O estudo também indica que o estaleiro pode afetar o ciclo reprodutivo de animais marinhos, e com isso, prejudicar a atividade pesqueira do local.
O documento também foi encaminhado à Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema), Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Os interessados podem ter acesso à versão impressa do documento no Centro de Documentação e Informação Ambiental (CDIA) da Agência, localizado em sua sede no Recife e na prefeitura de Ipojuca.