Luciana Antonello Xavier, do Estadão O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que não haverá alta de gasolina em abril e que, se houver no futuro essa necessidade, caso o petróleo continue subindo, então o governo poderá reduzir a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), que incide sobre a importação e a comercialização de combustíveis, para neutralizar o efeito da alta da gasolina.
Mantega voltou a deixar claro que deverá prevalecer a decisão do governo no que se refere a um futuro aumento do combustível.
Esta semana, o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, havia dito que a gasolina iria subir, caso os preços do petróleo se estabilizem perto da cotação atual. “Olha, eu sou o presidente do Conselho da Petrobrás, ministro da Fazenda e acionista majoritário da Petrobrás.
E sigo orientação direta da presidenta da República.
Portanto, posso afirmar que em abril a gasolina não vai subir.
Se persistir o aumento do petróleo, aí nós vamos estudar o caso, ver o que fazer”, explicou. “Caso isso venha a acontecer, sempre temos a questão da Cide, como nós já fizemos em 2008”, relembrou o ministro.
Reservas Durante entrevista a jornalistas na sede do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washignton, após encontro com ministros de finanças e presidentes de bancos centrais do G-20, Mantega falou ainda sobre reservas internacionais e o fato de o FMI ser contrário ao acúmulo excessivo de reservas. “Nós vamos continuar acumulando reservas.
O excessivo acúmulo de reservas é considerado um dos indicadores de desequilíbrio.
Eles não estão pensando no Brasil porque as nossas reservas representam 13% do PIB, e sim em outros países onde as reservas representam mais de 50% do PIB”, disse.