Com informações da assessoria Sob a coordenação do Sindicato dos Médicos (Simepe), os médicos plantonistas -obstetras e neonatologistas - que trabalham nas maternidades dos Hospitais Barão de Lucena, Agamenon Magalhães, Tricentenário, do Centro Integrado Amaury de Medeiros, além das Policlínicas Arnaldo Marques e Barros Lima, e residência do Hospital das Clínicas, estiveram reunidos na noite da quarta-feira passada (13).
Basicamente, os médicos discutiram sobre os problemas que estão se acumulando diariamente na rede pública de saúde, especificamente, no complexo regulatório das maternidades.
Os profissionais denunciaram a situação caótica que se encontra as maternidades e os berçários.
A questão da superlotação nas principais maternidades da capital (Municipais/Estaduais) é uma rotina, com gestantes sendo internadas em cadeiras de plásticos ou pior ainda “em pé”, porque nem cadeira tem mais, enfatizaram os presentes..
O presidente do Simepe, Silvio Rodrigues, disse que a maternidades da Região Metropolitana Recife têm fechado às portas devido às escalas incompletas (sem obstetras, neonatologistas e/ou ainda anestesistas), provocando o fenômeno de migração para capital. “Outro fato são as precárias estruturas, levando alguns médicos se recusarem a trabalhar nestes serviços”, enfatizou AMBULÂNCIAS SUCATEADAS - Diretores do Simepe assinalaram que as ambulâncias estão em péssimas condições, trazendo insegurança e riscos a equipe de transferência, isto é, sem cintos de segurança, sem macas para as gestantes e sem condições de transportar incubadoras com recém-nascidos entubados, pois não tem como fixá-las no veículo. “Muitas vezes essas ambulâncias quebram em meio às transferências, causando mais transtornos ainda para os pacientes”, afirmaram.
Os obstetras e neonatologistas presentes reforçaram que, na ausência de condições para transporte ou ausência de leitos em outros serviços só resta internar pacientes, em cadeiras de plástico ou de recuperação pós anestesia e até no centro cirúrgico, algumas já pariram e continuam no centro obstétrico. “Lá fazem suas refeições, ocasionando o aparecimento de insetos como por exemplo: baratas, moscas, formigas”.
O Sindicato dos Médicos vai encaminhar todas às denúncias aos órgãos competentes, reivindicando soluções para garantir ambientes mais digno e humanizados para as equipes de saúde que estão trabalhando nas maternidades e, principalmente para as gestantes que lá chegam.
Uma assembleia geral foi marcada para o dia 04 de maio, às 19h, no auditório do Simepe.