Sheila Borges e Débora Duque, do Jornal do Commercio Depois da intensa pressão exercida pelos vereadores governistas nos últimos dias, externada com críticas feitas, no plenário da Câmara Municipal, contra a “falta de diálogo” do prefeito do Recife, João da Costa (PT), com a bancada, o chefe do Executivo decidiu se movimentar para tentar contornar a insatisfação.
Mas em vez de se reunir com todo o grupo ou com as bancadas por partido, optou por conversar, no varejo, com cada um dos vereadores.
Ontem, recebeu, em seu gabinete, três integrantes da base: Gilberto Alves (PTN), Antônio Luiz Neto (PTB) e Inácio Neto (PT).
Sem a presença de intermediários, o prefeito ouviu as queixas individuais e se posicionou, esclarecendo o que a prefeitura poderá fazer para satisfazê-los.
A expectativa, nos bastidores, é que esse tratamento diferenciado possa surtir o efeito desejado pela prefeitura: que os projetos da reforma administrativa possam ser votados de forma mais célere.
Os vereadores terminaram levando os pleitos de suas bases, evidenciando que as insatisfações passam pela criação, por parte da prefeitura, de um canal de atendimento direto para os governistas.
Esse canal funcionaria como um braço auxiliar do Programa do Orçamento Participativo (OP).
Os vereadores aliados querem que os pleitos sejam atendidos sem passar por outras instâncias.
No OP, os vereadores não podem utilizar qualquer influência.
Qualquer pessoa participa dos debates e escolhe as ações que passam a ser priorizadas pela PCR.
Gilberto Alves, por exemplo, foi tratar dos problemas do trânsito, mesmo tema que usou no plenário da Câmara, esta semana, para criticar a prefeitura.
Ele considerou “positiva” a atitude do prefeito, mas alertou que esses encontros precisam ser rotineiros. “A Câmara precisa participar mais daquilo que está sendo pensado e planejado pelo Executivo”, ressaltou.
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