Por Waldemar Borges, especial para o Blog de Jamildo Possivelmente passou despercebido para muitos um dos principais compromissos do Programa de Eduardo Campos, já na sua primeira gestão: a questão da democratização do Estado.
Ao lado de assuntos vinculados às áreas de infraestrutura, a decisão de priorizar a participação e o controle social ficava meio relegada a um plano inferior, sofrendo o desgaste por ter sido tantas vezes defendida em períodos eleitorais e poucas efetivamente transformada em ações objetivas de governo.
Começo lembrando esse compromisso para colocar a minha satisfação com a realização dos seminários do Todos por Pernambuco, um programa que tem dialogado com a população e as lideranças políticas de todas as Regiões de Desenvolvimento do Estado.
Nele, são definidas as prioridades que, posteriormente, constarão no Plano Prurianual remetido à Assembléia.
Não é todo governo que reúne milhares de pessoas para discutir a realidade social e econômica das regiões, ouvir demandas e atuar na construção de consensos sobre as ações a serem desenvolvidas nos próximos quatro anos.
Participei de todas as rodadas dos seminários, e o que tenho visto é a imensa vontade e o grande entusiasmo das pessoas, quando são convocadas a participar, decidir, criticar e apontar soluções.
Em todos os eventos, constatamos a participação ativa da população, de representantes de inúmeras entidades, de prefeitos, deputados, senadores e secretários estaduais.
Foram mais de 12 mil pessoas opinando sobre seus futuros.
Uma participação que vence a mesquinharia das questões políticas menores, locais, estaduais ou nacionais, e que tem na presença do governador, comandando suas plenárias, ao lado dos seus secretários, o atestado de que a coisa é pra valer.
O Todos por Pernambuco não é um processo novo apenas na metodologia que utiliza, já melhorada a partir de experiências anteriores e com novidades para as versões seguintes, a exemplo dos conselhos regionais de acompanhamento da execução orçamentária.
O seu pioneirismo na verdade, está na credibilidade que construiu.
Ao constatar que as propostas levantadas nos debates dos grupos temáticos transformam-se, dentro das possibilidades financeiras, em ações que tocam o seu dia a dia, a população passa a acreditar nessa nova forma de definir prioridades.
Esse é um ganho extraordinário, embora difícil de medir.
E é por ai que um governo direciona seus recursos no rumo dos que mais precisam, inclusive realizando as obras de pedra e cal que realmente interessam à coletividade.
PS: Waldemar Borges é deputado e líder do Governo na Assembléia Legislativa de Pernambuco