Ressaltando, embora, os bons serviços que têm sido prestados ao Judiciário pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) corregedores gerais de Tribunais de Justiça querem que o órgão limite suas atividades à área administrativa.
Eles querem que a gerência das corregedorias seja exercida pelo corregedor geral de cada Tribunal, sem interferência do CNJ.
Esta e outras declarações constam da Carta do Recife, elaborada pelos 26 corregedores reunidos no Recife no 56º Encontro do Colégio de Corregedores, cujo presidente é o desembargador do TJPE Bartolomeu Bueno.
O encontro contou com a presença da ministra Eliana Calmon, corregedora nacional de Justiça.
Em palestra, na noite de ontem (quinta-feira), na abertura do conclave, a ministra destacou a importância de os corregedores se unirem em torno da discussão de temas de interesses comuns.”Por dois séculos estivemos isolados”, ela disse.
O corregedor geral de Pernambuco, Bartolomeu Bueno, destacou temas importantes debatidos no encontro, como a independência financeira das corregedorias e o preparo de equipes permanentes nas corregedorias. É dele, aliás, o projeto, já aprovado, para que as corregedorias tenham seu próprio orçamento.
E é dele também a criação do quadro de auditores de inspeção, o primeiro no Brasil, já em pleno funcionamento na Corregedoria Geral do TJPE. “O que acontece, disse o desembargador Bartolomeu Bueno, é que o corregedor geral, eleito a cada período de dois anos, tinha de trazer de seu Gabinete a equipe que atuaria na Corregedoria, o que importava em dificuldade e atraso para o trabalho. ´ E preciso que as corregedorias tenham equipes permanentes”.