Eduardo Rodrigues, da Agência Estado O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro deve crescer menos este ano do que se imaginava no fim do ano passado, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A entidade revisou nesta sexta-feira, 15, sua previsão de crescimento da economia deste ano para 3,5%, ante perspectiva anterior de 4,5%, divulgada em dezembro de 2010.

Além disso, o PIB industrial deve crescer apenas 2,8% em 2011, ante estimativa anterior de 4,5%.

Da mesma forma, a CNI revisou para baixo a projeção de Formação Bruta de Capital Fixo de 13,5% para 9% e também do consumo das famílias de 5,1% para 4,5%.

No entanto, a previsão para a taxa de desemprego ficou estável em 6%, para 2011.

Dentro desse cenário mais pessimista, a CNI também elevou a perspectiva para inflação, medida pelo IPCA, de 5% para 6%, em 2011.

Com isso, a taxa de juros Selic, esperada para o fim deste ano, passou de 12% para 12,5%.

A CNI também estima que a taxa de câmbio média para este ano deverá ser de R$ 1,63, ao invés de R$ 1,70, como foi previsto pela entidade em dezembro.

Apesar do cenário sombrio, a CNI revisou para baixo a previsão para o déficit público nominal de 3,20% do PIB para 3,05%, assim como a estimativa para a dívida pública líquida de 40,4% do PIB para 39,9%.

Além disso, a CNI estima que o superávit primário alcançará 2,7% do PIB, em vez de 2,2% como previsto anteriormente.

A entidade também corrigiu para cima a previsão para as exportações em 2011, de US$ 228 bilhões para US$ 250 bilhões, bem como as importações, de US$ 224 bilhões para US$ 230 bilhões.

Com isso, a estimativa de saldo comercial para 2011 saltou de US$ 4 bilhões para 20 bilhões.