Andréia Sadi, do iG Com a viagem de Dilma Rousseff para a China, o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), assume durante toda esta semana, pela primeira vez desde janeiro, o posto mais alto da República.

Para atender às demandas do governo federal, Temer adaptou a sua agenda de trabalho e adiou audiências com deputados e senadores previamente combinados para priorizar os ministros de Dilma e pautas palacianas.

Os despachos , no entanto, deverão continuar no gabinete da vice-presidência já que Temer prefere não sentar na cadeira de Dilma Rousseff. “A sala da presidenta é da presidenta.

Ele já está acostumado a despachar no gabinete dele”, disse um interlocutor do vice ao iG.

Na ausência da presidenta, o vice quer se manter discreto e deverá apenas fazer uma viagem.

Na última segunda-feira, Temer participou da abertura do Seminário Internacional sobre Gestão Integrada de Riscos e Desastres, em Brasília, representando Dilma.

De Brasília, Temer conversou ontem, por telefone , com o governador do Rio, Sérgio Cabral, para se inteirar a respeito da tragédia na escola Tássio da Silveira, em Realengo.

O governador convidou o presidente em exercício para participar de uma cerimônia nesta manhã que irá condecorar policiais que ajudaram a resgatar vítimas no colégio.

Temer confirmou presença e estará na homenagem na manhã desta terça-feira.

Durante a semana, vai despachar normalmente com os ministros mais próximos de Dilma, como o da Casa Civil, Antonio Palocci, e da Secretaria de Comunicação, Helena Chagas.

Diferentemente de Dilma, no entanto, Temer poderá receber o ministro do Turismo, Pedro Novais (PMDB), que solicitou uma audiência com o presidente em exercício.

Novais ainda não foi recebido pela presidente individualmente.